domingo, 24 de fevereiro de 2008

A VIAGEM

Vai meu barco
Navega leve sobre meu mar
Sobre cada milímetro do meu desejo
Essas ondas que só nós vemos

Vai remando
Escavando minha alma inocente
Instantes eternos dessa viajem eterna

E com cada remada
Uma lufada de ar
Esperança dum futuro distante
Um porto para atracar

Vai minha vela acesa
Solta, vigorosa, carnuda e gloriosa
Vai saboreando momentos
Colhendo ventos
Te saciando de forças para a viajem

Vai para o infinito meu barco
Lá onde não há limites
E tudo faz sentido
Onde os tempos se fundem
E não há passado, não há presente
E não há futuro
O tempo não se mede

Nelson Livingston

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