sábado, 23 de fevereiro de 2008
DESCREVENDO IVONE (III)
Hoje empunhei o bisturi
E te esquartejo a alma poética
Esse poço que destila palavras
Manancial de sabores em verso
Meu medo se foi Ivone
A alma poética cresceu
Me fiz adulto
E suporto qualquer insulto
Hoje mergulhei fundo
Nas entranhas que te concebem os rabiscos
Esses fogos que se espalhas nas letras
O girassol gira e gira
A vida vai e vem como o mar
E a cada manhã
A poesia nasce dos teus dedos
E rabiscas e rabiscas
E crias mundos sólidos
Vividos e ou por viver e rabiscas
Rabiscas sorrisos e lágrimas
Mel e fel
Rabiscas a vida nua e crua
Tempestades e bonança
Nada artificial
E rabiscas e cresces e cresces
Na sintonia do Zambeze que cresce que se alastra
Que alcança outros mundos outras vidas
E rabiscando rabiscas vidas
Plantas esperanças
E rabiscas
O sol se põe
E o mundo adormece
Mas a vida dentro de ti rabisca e rabisca
Um furacão cresce ao sabor do silêncio
E pela manhã
Em nascendo o dia
Rabisca e rabiscas
Nelson livingston
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1 comentário:
Alô Nelson! Meu desejo de maior relevo era comentar estas descrições que de mim fazes quando terminasses a série, mas não resisti e vim cá deixar o meu: ESTOU A LER-TE...
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