domingo, 26 de outubro de 2008
O AMOR DE ONTEM E O DE HOJE
Amar eu amei
Quando não sabia oque era amor
Quando segui o vento e o mar de amar
Sem conceitos
Sem definições
Não li livros amorosos
Nem escrevi poemas
Os problemas que tive
Depositei-os na tempestade das palavras
Cuspidas ou cravadas em almas
Deixei elas me esvaziarem
Amar eu amei
Quando não sabia
Oque eu queria
E deixava que a incerteza me prendesse
À uma vida só um amor só
Quando eu conhecia meu tamanho
E me contentava com a insignificância.
Que me falava da grandeza do universo
Amar eu amei
Quanto não tinha alma por amar
Mas alma que que me amasse eu tinha
E pensar que ainda tenho
Mesmo que num planeta distante
É oque me enche de ar
Os pulmões que já teriam deixado
De me manter vivo
Nelson Livingston
O DESPERTAR
Hoje acordei
Como dum sono profundo
Deixei o vento me sacadir a poeira
Me naufragar na esperança da madrugada
Deixei os ouvidos
Se livrarem dos ruidos
E escutarem a voz muda
Do coração que ainda trago no peito
Hoje acordei
Esfreguei os olhos da alma
Enlagrimados pelos silêncio que me adormecia
E desejei enxergar o horizonte
Que se esconde
Na esperança da madrugada
Hoje acordei
Cantei para mim para mim
Como fazem as aves que me acordaram
E mesmo que em voz diferente
Senti o mesmo sabor
A mesma alegria de viver
Hoje acordei
Um passo de cada vez
Sinto que a caminhada vai recomeçar
Depois de uma longa paragem
Nelson Livingston
No limiar da morte
Quase se foi a vontade de viver
De ver nas letras, palavras
Versos inteiros
Sumirem da palma
O ar saindo dos pulmões
E não voltando mais
Quase se foi a vontade de escrever
Quase...
De ver nas letras, palavras
Versos inteiros
Sumirem da palma
O ar saindo dos pulmões
E não voltando mais
Quase se foi a vontade de escrever
Quase...
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