sábado, 29 de novembro de 2008

DESISTIR NUNCA CRISTINA


Enganas-te
Se pensas que canso
De te escrever
Se nem me canso
De te pensar
Que é bem mais difícil(doloroso)

As vezes me supreendo
Questionando
A razão dessa minha teimosia

Te escrevo Cristina
Porque acredito nas nuvens
Essas densas
Que cobrem meu céu de hoje
Há-de ter chuva nelas
Não achas?

Escrevo porque vejo
A sede do chão
Do meu coração
Chão que espera chuvas
Aguas abubantes
Negadas em séculos que se foram
Sem perceber

Escrevo porque o mar
Me aconselhou a esperar
Que o silêncio passé
E o barulho dos meus rabiscos
Te chegará aos ouvidos
E ou coração

Escrevo porque acredito
No meu coração forte

Nelson Livingston

terça-feira, 25 de novembro de 2008

SE TE PODESSE ESQUECER CRISTINA


Cristina, esse silêncio que inventei, não conseguiu calar a tua existência imaginada.
Se foras real bastava disfazer a tua realidade, mas no meu eterno pensamento, nessa existência sublime, fico sem alternativa.
O inverno me prometeu levar-te com ele mas vejo que foi só por pena.
Pena das lágrimas que o rio levava a cada manhã que eu me prostrava nas suas margens.
Chegou o verão e me prometeu companhia que fosse completa demais.
Companhia que levasse para longe, as saudades do meu desejo.
Agora percebo Cristina, que estou condenado a não te esquecer, pior do que isso, nem sei se alguma vez quis esquecer-te. Quando olho para ti nas ruas do meu pensamento, nesse passo lento e provocador, me pergunto que mal devo ter feito, que divindade ofendido para que essa praga me caísse no caminho. Me pergunto que penitência me redimiria.
As nuvens me enganam e sei que nem fazem por mal. Ignoram a dor de esperar a chuva sem ter cavado a terra. Sou um camponês sem campo, um pescador em ondas razas.
As promessas que te fiz, deixaram de ter algum valor epode ser que me chamem de homem sem palavra, mas que conhece a minha dor. Essa eternidade no berço da madrugada?
Queres que eu desista Cristina? Olho para as mafureiras já grávidas, prontas a me parir sorriso qualquer e queres que eu te esqueça?
Vamos ver se consigo? Vamos ver se quero isso.

Nelson Livingston

sábado, 15 de novembro de 2008

QUERO INVENTAR-TE


Deixa-me inventar-te
Não tenho outro jeito
Deixa-me criar-te como quero
E desejar que esse desejo
Seja forte o suficiente
De convencer os deuses
A torná-lo realidade

Deixa-me imitar o pôr do sol
Que mistura a dor da despedida
Com a alegria do nascimento
Parte a luz do dia e nasce o escuro da noite

Deixa-me convidar o vento ensurdecedor
A desgrenhar meus medonhos pensamentos
A afastar para longe
O medo de existires
A incerteza de te poder ter

E não me impeças por favor de sonhar
De contar os milhares de estrelas do céu
Pode ser até que tenhas certeza
Que nunca as saberei a quantidade
Não me impeças por favor de ser menino pequeno
Me deixa sonhar
Me deixa inventar-te

Nelson Livingston

domingo, 9 de novembro de 2008

ENTRE O PÚNGUE E EU



Entre o Púngue e eu
Sobra apenas o vento
Me enchendo o pensamento
Um sorriso amarelo

IWANGA (És minha)...




És minha
Como o ar que respiro
Que não é meu
Não sei donde vem
Nem para onde vai
Entra e sai
Que nem percebo
Mas no instante eterno
Que vive em mim
Dentro dos meus pulmões
Me parece meu
Se torna minha vida

És minha com o céu
Que também não é meu
Mas me cobre o tempo todo
As vezes azul e lindo
E outras não tanto
Mas nubulado e medonho

Como o sol distante
Distante mas muito meu
De luz e calor
De vida e alegria
És minha sim

Iwanga,you are mine
Pelo menos
Nesse meu desejo de seres minha
Nessa ânsia de te ver chegar perto
E segar meus olhos que vivem te procurando

Nelson Livingston