quinta-feira, 1 de outubro de 2009

À Merlin


Não me olhe nos olhos Porque como dizem os Scorpions
“I loose control”

Prefiro que os ventos me despedacem a alma
Os mares me suguem as veias já sem sangue
Prefiro até que o meu sonho de madrugada
Seja eternamente adiado, eternamente entendes?
Mas não me olhe nos olhos

É que nos nossos olhos
Meus e teus
Está o segredo que procuro não descobrir
Mistérios que me são proibidos

Enquanto viajo nessas ondas de palavras inventadas
Não me seguro só no sonho de chegar à um porto
Vou ao mesmo tempo desfrutando
O sabor agressivo da tempestade
Que transporto nas velas do coração

Se o destino não fosse surdo
Se as palavras tivessem alma
Eu tenho quase certeza
Que minha alma inflamada de destinos desejados
Se repartia em cada grão de areia
Numa praia qualquer
Ou em estrelas que brilhassem fingidas
Num céu que eu quero inventar só para ti

Nelson Livingston(Renatus)



domingo, 13 de setembro de 2009

À Merlin


Merlin (ou Merlim), personagem do Ciclo Arturiano, era um mago, profeta, conselheiro e grão-druida. Teve sua primeira aparição no século X, e segundo a lenda ele é filho de uma freira com um íncubo (demônio da Idade Média). Merlin herdou a beleza da mãe e a inteligência do pai. WIKIPEDIA


Merlin!
Essa nossa distância e proximidade me confundem
Eles se fundem dum jeito
Que não sei mais se estás longe ou perto
Mas a crença me deixa certo
Da grandeza dessa sua existência ambígua

Queria ser sábio
Ter a magia dos poetas
Ou a previsão dos profetas
Com uma te escrevia à alma
Com outra te previa o destino

Espalhava no vento
Esse meu desejoso pensamento
E deixava o coração absorver
Os raios da tua existência ambígua

Mas não sou nem um nem outro
Sou isso sim
Um simples mortal
Que aprende com a vida

Nelson Livingston(Renatus)

domingo, 30 de agosto de 2009

Amo as andorinhas

Amo as andorinhas
A liberdade das suas asas
Esses pensamentos que solto
Cabem em gaiola alguma
Nenhuma melodia as encanta
E se desprendem no céu azul
No denso mato de controvérsias
E nem mesmo ai
Se deixa prender em laço algum

As andorinhas são minhas
Como os cabelos branco
Da idade que espero ter
Marco do tempo que me comprime a vida
Assim que os dia me escapam entre os dedo

As andorinhas são nossas
Eu o presente e o futuro
Eu e a minha existência

Nelson Livingston(Renatus)

domingo, 9 de agosto de 2009

DEIXA A VIDA NOS LEVAR

Eu vou longe, muito longe
Com essa coisa de te amar e não dizer
De me esconder na simplissidade das palavras
É que quando não te amava
Também não dizia
Nada fazia
Para que percebesses
Que nos raios do meu olhar carinhoso
Não havia mais do que amizade

Hoje o tempo passa devagar
Arrastando minha hesitação
Se digo que te amo não acreditas
Se digo que não te amo não acretidas
Deixemos a vida nos levar

Nelson Livingston

domingo, 19 de julho de 2009

Adeus Amor!


Já uma vez me despedi de ti
Duas, três, quatro...
Muitas vezes
Já fingi partir e continuar por perto
Ir longe e te levar comigo
Te deixar para traz
Mas não me esquecer
E qual é a diferença desta vez?

Esse adeus não tem lágrimas
Nem distâncias, separação
Não parto, nem fico

O vento sopra como sempre
O sol me aquece os sonhos
E pela última vez me despeço de ti

Quem parte dessa vez
És tu amor
E não partes fingindo, contunuando perto
Nem me levas contigo
Não partes deixando esperança de voltar
É alto demais esse teu voo
Vento demais na tua vela
Partes voando, velejando, correndo
Partes com certeza
E me resta só dizer
Adeus amor

Nelson Livingston

domingo, 21 de junho de 2009

NO DIA DOS PAIS


Olha pai
hoje senti saudades de ti
as mesmas saudades que ontem senti
saudades de antes de ontem
saudades todos os dias

Senti saudades de tua presença
aquela segurança
que mesmo ausente
transmitias de alguma forma

Senti saudades do teu silêncio pensativo
das palavras não faladas
gestos que eu tinha decorado
do teu ser
só teu meu pai

Senti saudades do olhar carregado
olhar que depois aprendi
ser de amor
ser de carinho

Senti até saudade
da tua vara disciplinadora
das minhas travessuras de menino

Hoje senti saudades de ti
As mesmas saudades de amanhã
De depois de amanhã
Saudades de todos os dias

Nelson Livingston

sábado, 13 de junho de 2009

MINHA TEMPESTADE

Estou numa tempestade
Própria da minha idade
Pequeno que sou
Sozinho como estou
Nesse mundo de mundos que me rodeiam

Soltei as amaras todas
Me fiz ao mar
Mesmo sem saber amar
Semsaber nadar
Deixei os ventos do desejo me levarem nos seu braços
Ao infinito da ignorância

Estou na tempestade
Ainda estou
Soltei agora a âncora
No nada dessa imensidão que me assusta
Queria alguma terra firme
Qualquer terra firme
Algum porto
Onde pôr os pés trémulos

Nelson Livingston

quinta-feira, 11 de junho de 2009

SAUDADES DO JUNIOR


Olha Junior!
Teres partido de forma súbita
Nos ensinou que o depois
Pode num abrir e fechar dos olhos
Tornar-se nunca
É que as tantas palavras lindas
Que podiamos querer de dizer “depois”
Agora teremos que as dizer é “nunca”
Porque é nunca
Que te teremos no nosso meio

Teres partido antes de teres chegado
Nos ensinou o valor que temos
Mesmo quando não parecemos ter
E não tem nada a ver com a nossa presença
Basta a ideia de nossa existência
E tenho quase certeza meu filho
Que é dai que joram as saudades que sentimos

Teres partido como partiste
Nos ensinou que nem todo mal tem um culpado

Nelson Livingston

domingo, 17 de maio de 2009

Atrasado!

Se foi o dia das mães
E eu que me digo filho
Que com orgulho carrego esse nome
Nem uma palavra
Algum gesto de filho

Se foi o dia
Mas o sentimento
Esse nunca vai
Nem vem
Apenas existe
Mesmo quando não o percebo

Ainda bem que nunca é tarde
Para se dizer oque se sente

Nelson Livingston

sábado, 9 de maio de 2009

Entre a Espada e a Parede


Como se diz a uma mulher
Que já não se lhe ama mais
Que nunca alguma vez se lhe amou
Que palavras, gestos ou silêncios
Podem minimizar a crueldade dessa crueldade?
Há como dizer isso de forma menos dolorosa?

Uma vez dito
Como não voltar no tempo
Nos momentos gravados na alma
Onde nunca pareceu fingido
O amor declarado em palavras
E ou mostrado em actos

Uma vez dito
Como acreditar que os olhos
Nos enganaram no que viram
E o coração não descobriu
A farsa por detrás da beleza do amor
Dito e mostrado

Como parar a força do vento
Inventar novo significado às palavras

Mas também como amar sem amar?
Viver entre folhas de figueiras.
Como guardar essa duplicidade
Ser e não ser?

Por tudo ser doloroso
Como escolher a dor menor?
A dor menos dor?

Nelson Livingston

segunda-feira, 4 de maio de 2009

NOSSA CONTRADIÇÃO


Procuro não ouvir-te
Mesmo quando me gritas
E me irritas
Tapo o coração
Com o silêncio da paz que invento
Quando pensas sou insensivel
Me pergunto se alguma vez te escutaste

Procuro calar-me
Quando me aperta
A vontade de te gritar de volta
Me esforço a ser sensível
Pois a natureza selvagem
Que tristemente ainda carrega
Me pede para ser como me queres

Me esforço a ser eu
Como eu sei que devo ser
E não como me pedes para ser
E isso tudo é uma contradição

Nelson Livingston

segunda-feira, 13 de abril de 2009

NO DIA EM QUE CRISTO MORREU

It doesn’t matter how high you jump on Sunday, but how straight you walk on Monday (Autor desconhecido)

No dia em que Cristo morreu
Como se me tivesse esquecido
Dei conta que sou cristão

Para mim
Nem é coisa tão chata ser cristão
É só ser um pequeno Cristo
Procurar viver a minha vidinha
Como se pequena fosse
Debaixo dos preceitos que Cristo estabeleceu
Nem tem nada a ver com os dias de semana
Segunda, Terça
Sábado ou Domingo
É coisa da semana inteira
De tempo todo

Para mim
É traduzir em prática
Conceitos teóricos
Coisas como honestidade, integridade
Sinceridade e outras “dades”
Passarem a serem tão naturais
Como o respirar com que nem dou conta
Ou o beber um copo de água

Olho para o céu estrelado
E já leio uma passagem bíblica
Escuto a suavidade da voz dum periquito
E tenho um coro de anjos a minha volta
Extasio-me no Azul intenso dum quadro “pagão”
E vejo Deus em cada ser humano
É Tão natural, tão contínuo
É tão Alfa e Ómega
Que não tenho como interromper

Ai como me seria pouco
Se essa enormidade divina

Coubesse na Igreja
A beleza da natureza se resumisse
Nas palavras escritas
E só nelas
Se o mar podesse ser feito tão pequeno
Que escapasse dos meus olhos
Para que eu visse Deus

Sou Cristão sim
Na simplissidade da vida
Sou cristão como disse o autor
Na saltar alto do louvor do Domingo
E no andar direito da Segunda Feira

Nelson Livingston

A FORÇA DA ESPERANÇA


Agora que o céu m’ensinou a cantar
Encheu-me a alma de estrelas
Madrugadas que vão com certeza virar manhãs de sol
Eu sei que vale a pena viver
Mesmo que seja com pouco ar nos pulmões
Chuva rara em meus campos
Vale a pena acreditar e esperar

As vezes
Meu sol s’esconde
Nas nuvens de tempestades assustadoras
Escondo o rosto
Nas alegrias que se foram
E espero o tempo melhorar
Porque sei
Que no ensurdecedor barulho dos trovões
Tem uma voz que me faz acreditar
Que eterno
O mau tempo não será

Eu sei
Sei tanto que mesmo sorvendo lágrimas
Elas me sabem doces
Me molham a garganta seca


Nelson Livingston

terça-feira, 24 de março de 2009

Se eu Sou Tomanguito?


Se Tomanguito está no Joni
Ou no Chiveve
Que diferença grande isso faz Melita?
Está longe do mesmo jeito!
É mesma dor
Mesma saudade no peito

Saudade que na ignorância
Da dor que cria
Nas almas que esfria
Não se importa com a distância
Ela nos aperta o coração
Mesmo que estivéssemos só
Do outro lado do rio

Agora,
Se eu sou Tomanguito
E ou Tomanguito sou eu
Isso é toda outra coisa
Isso sim faz toda diferença

Nelson Livingston

quinta-feira, 19 de março de 2009

Saudade da Amélia Mudungazi


Ai Amélia!
Quanto tempo que não escreves!
Não dizes nada
Para mim, Tomanguito, o mundo
Nem carta
Nem notícia
Nem novidade
Nem nada!
Tu está num silêncio xi!
Watani Melita?

Eu posso até entender porque não escreves
Posso imaginar que os apertos da vida
Te estejam apertando tanto
Que não te deixam escever
Mas esse saber todo
Esse imaginar perfeito
Não mata a saudade que me mata
Saudade de ouvir-te dizer algo.

Escreve Melita!
Vai?
Me diz se trouxeste caju de Macie
Para o branco educado
Aquele que como eu, te chama menina Amélia
Que diz “bom dia menina Amélia”
Aquele que como eu, gosta de cozinhar
Trouxeste caju para ele Melita?
E para mim trouxeste oque?

Manda notícias vai Melita
Ou de tanta saudades
Vais me matar himatensão

Nelson Livingston

domingo, 15 de março de 2009

Pensando Amanha


Longe como eu me sinto
Longe de ti e de mim
Me pergunto
Por quanto tempo ainda existirei
As vezes tenho vontade
De ter medo do amanhã
Mas depois do ontem
E do hoje
Não me sobraria mais nada sem o amanhã

Mas eu acredito.
Acredito
Acredito que antes que o sol se ponha
Ele ainda terá que brilhar muito
E mesmo depois
Deixará luz suficiente
Para iluminar os dias que estaremos, eu e ele
Ausentes de ti.


Nelson Livingston

sábado, 14 de março de 2009

Sabado Pela Manha


Hoje é Sábado
Dia que acordo tarde
Nesse tempo que sendo meu
Todo meu
Não é muito nem pouco
Não precisa ser contado
Nem pode ser cedo nem tarde

Acordo como as aves do campo
Com a cabeça bem vazia
Cheia de agenda nenhuma
Posso voar, fazer soar meu canto
Posso alegrar a tristeza
Entristecer a alegria de nostalgia
Posso muito
Posso quase tudo

Hoje acordo distante
Bem longe de mim mesmo
Acordo cheio de desejos
Alguns até proibidos
Mas o dia é meu
O tempo também todo meu
Quem se atreveria a proibir-me coisa alguma?

Hoje é aquele dia que vivo esperando
E em chegando rogo que se vá embora
É que depois dele vem o Domingo
Dia mais calmo, mais Santo.
Dia mais divino
Mais não meu.

Nelson Livingston

quinta-feira, 12 de março de 2009

Cinco anos Depois...


Em Memória de Manuel Livingston tirado de mim pelo destino num trágico acidente

Olha lá pequeno!
Percebeste que já meia decada se foi
Desde que você se foi
É isso mesmo!
O tempo tem esse mania de nos destrair
As vezes parece que parou
E outras vezes anda tão depressa.
Corre e até voa
Que nem lhe podemos seguir as pegadas

Passaram sim Manuel
Cinco anos desde que nos inundaste em lágrimas
Com tua violenta partida.

O engraçado mesmo
É que tua presença ausente
Tem sido um mistério

O tempo passou
Muita coisa mudou
Mas tua existência
Continua real penetrante
É nessa hora que brigo com a morte
Que te levou
Brigo consciente da sua invencibilidade

Escrevo-te hoje
Com muitas saudades
Saudades dos momentos
Que o destino nos proibiu

Nelson Livingston

segunda-feira, 9 de março de 2009

MINHA DIFÍCIL TAREFA


Como é difícil falar-te
É que tenho que encontrar palavras certas
Essas que hoje andam raras

Palavras perfumadas
Com sentido único
Não posso correr o risco de me não entenderes
Ou pior ainda
Me entenderes mal

Palavras nitidas
Virgens de significados
Onde encontrá-las?

As vezes passo a noite inteira
Soletrando as estrelas
Aprendendo com o luar
A simplissidade de sua voz

Chega a madrugada
A frescura do orvalho me encoraja
Mas em nascendo o sol o medo chega
E me cega
Já não sei como te falar

Nelson Livingston

quinta-feira, 5 de março de 2009

Se eu fosse Tomangito


Se eu fosse Tomangito
Ai como eu queria ser!

Se eu fosse Tomangito
Teria uma melita toda melosa
Por quem lutar pra merecer
Luta que difícil seria
Já que essa Melita
Sendo como penso que é
Seria colmeia sem abelha
Favos de docura
Adorno dos meus sonhos machos

Se eu fosse Tomangito
Rogaria aos deuses
Que me ensinassem a arte de amar
Não amar mulheres várias
Amar mulher única
De formas várias
Amar na solidão e na presença
Nas distâncias que o destino fabrica
Na luz do sol e na escuridão
Amar no inverno e no verão
No coração, na poesia e no viver
E que conhecendo Melita
Como penso que conheço
Sei que os deuses não a negariam isso
Quem não merece ser amada

Se eu fosse Tomangito
Como pilar da minha cabana
Suportando o peso da vida
Me plantaria no centro do seu existir
Deixava Melita respirar
Sem se preocupar com quanto ar lhe resta
Suspirar sem medo que lhe oiçam

Há-de ser que dias de lágrimas houvessem na Melita
Fosse qual fosse a nascente
Se eu fosse Tomangito
Quereria ser uma sombra
Um esponja
Que lhe refrescasse
E absorvesse o mar nos olhos

Se eu fosse Tomangito
Chamaria Melita de, Menina Amélia
Aprenderia a gostar de cozinhar
E lhe pediria caju da Macia

Ai como eu queria ser Tomangito!

Nelson Livingston

quarta-feira, 4 de março de 2009

Eu tento entender-te


Eu até tento entender-te
Tento escutar oque não dizes
Por medo ou pena de mim
Não dizes
Não dizes mas oiço

Eu até volto no tempo
No tempo distante que nem conheço
Vejo-te nele
Aprendendo a vida
Lições dolorosas
E tento entender-te

Nos dias que vejo lágrimas nesse teu rosto
Sinto o sabor de minhas
Derramadas nas estradas que percorri
Nas perdas que descobri
Ou encobri

Minha única dor
É perceber que pensas em ti
Te encontras em mim
E meu universo se funde no teu

Nelson Livingston

domingo, 1 de março de 2009

Carta para Amelia Mudungazi!


Chiveve, Março de 2009

Oh Melita!
Me desculpa a intimidade Amélia.
Faz tempo que vivo roendo as unhas de nervoso.
A vontade e o recieio de te escrever vivem se misturando numa salada danada, nem imaginas.
Primeiro andei me perguntando oque escreveria se te escrevessse.
Que assunto trataria na carta que te escrevesse.
Oque eu diria.
Me perguntei até como te chamaria.
Como começaria a carta?
Cara, querida?
Te chamaria Amiga, conhecida, desconhecida, Amélia ou Melita?
O tempo foi passando Amélia, fui lendo tuas escrevinhanças e admirando a tua grandeza.
As tuas lutas diárias, tua generosidade, a dor não ser compreendida ou pior ainda de ser mal compreendida enfim fui, sem quer, “vivendo” a sua história.
E por falar em sua história, ela se torna bem mais importante quando acredito que de alguma forma representa oque outras milhares de Amélias vão vivendo.
Fui perdendo o receio pois mesmo que não tivesse algo por dizer, sei agora que ja tenho algo por dizer.
Bem Hajas Amélia
Nelson Livingston

Entenda!


Entenda!
Quando te enfrento
Me enfrento a mim
Não é a ti que temo
Mas a mim mesmo
Me descubro na mais profunda forma
Dolorosa e as vezes nojenta
Deveras assustadora
É como estar diante dum espelho
Uma espada que entra na alma
E disseca-me o coração
E como estar no Éden
Nú e sem folhas para se esconder
Olhar para os lados
E ver-te em toda parte
Ouvir-te em todos os sons
Quando me escondo no silêncio
Procuro olhar para longe de mim
Procuro encontrar um refúgio
É tudo sobre mim
Entenda!
Nelson Livingston

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Porque Escrever-te Amor?


Nunca quis te escrever deves ter notado. Vivia no medo que me chamassem escritor e ou pior ainda, poeta. É que escrevo-te no pensamento, quando nossos olhares se cruzam, nas brigas que a distância nos traz, nos sorrisos que compartilho com as estrelas nas noites solitárias. Nasce o sol misturado nso rais do teu sorriso, e o calor de tua presença, ausente embora, vai me alentado, eu te escrevo. O mar deixa sua grandez e vem me morar nos olhos, quando a saudade ruge nas imediações e ai eu te escrevo. Te escrevo nos instantes eternos que falamos. Porque te escreveria com a palma, se a alma esta farta de te escrever?
Escrevo-te hoje, porque estamos no mês do amor, o grande Fevereiro dos Namorados.
Não escrevo por te amar, como quem procura provar-te algo. É que mesmo se eu podesse provar o quanto te amo, não o faria porque essa prova, seria do quão pouco te amaria, pois amor que é amor, amor que é tanto amor que é grande, não precisa ser provado. E dizem que nem entendido.
Não te escrevo porque se escreve nesse mês. Porque os amantes inventam palavras bonitas, coloridas de rosas vermelhas, e as espalham nos céus, misturando-as com o invisível do ar que os pulmões apaixonados vão sugando.
Escrevo-te para sair do anonimato. Para ver se o mundo percebe que tenho uma alma onde minha alma vive ancorada. Sopram ventos, e o meu barco mesmo de velas esticadas não vai a lado algum.
Escrevo-te porque decidi ir te escrevendo. De hoje em diante deixar a beleza dessa vida que vamos sonhando, fecundar o papel e voar com as andorinhas para mundos maiores que o nosso.
Escrevo-te porque no amor que te sinto, não sobra espaço para medo de revelar teu amor. Quero deixar que as nuvens se juntem ao meu redor e a chuva caia como quiser. E há-de ser que os nossos corações sairãp molhados .

Nelson Livingston

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

DEIXA-ME SER TEU PAI


Olhar no fundo
Dos teus olhos inocentes
Sugar essa minha minha beleza
Estampada no teu rostinho fofo
Deixa-me aprender

Deixa-me ouvir-te pela noite
Cantar ou chorar com as estrelas
Só nós dois acordados
Falarmos dos segredos da vida
Deixa-me experimentar

Deixa-me entender-te os gestos
Mãos levantadas
Pés pontapeando os céus
Dedinho na bocas
Deixa-te tirar as dúvidas

Tal como nunca foste filho
Nunca fui pai, tu sabes
Deixa-me aprender consigo
A ser o pai que mereces

Nelson Livingston

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Oi Cristina

Cristina tenho um recadinho para ti, as férias me estão fazendo bem.
As festas fizeram sua parte. Se queres saber algo do coração tenho muito que te contar mas prefiro esperar. Na devida altura te falo das alegrias que estou vivendo. Penso que meu coração foi fisgado por uma alma. Queria chamá-la de alma gêmea mas aprendi a não me precipitar no devido momento eu te conto das alegrias de estar apaixonado. Vou-te contar sim Cristina e não vai ter nada a ver com esse passado que nem acho que aceitou ir-se embora. Não tem nada a ver mesmo.
Mas vamos deixar isso para a devida altura já disse