quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Porque Escrever-te Amor?


Nunca quis te escrever deves ter notado. Vivia no medo que me chamassem escritor e ou pior ainda, poeta. É que escrevo-te no pensamento, quando nossos olhares se cruzam, nas brigas que a distância nos traz, nos sorrisos que compartilho com as estrelas nas noites solitárias. Nasce o sol misturado nso rais do teu sorriso, e o calor de tua presença, ausente embora, vai me alentado, eu te escrevo. O mar deixa sua grandez e vem me morar nos olhos, quando a saudade ruge nas imediações e ai eu te escrevo. Te escrevo nos instantes eternos que falamos. Porque te escreveria com a palma, se a alma esta farta de te escrever?
Escrevo-te hoje, porque estamos no mês do amor, o grande Fevereiro dos Namorados.
Não escrevo por te amar, como quem procura provar-te algo. É que mesmo se eu podesse provar o quanto te amo, não o faria porque essa prova, seria do quão pouco te amaria, pois amor que é amor, amor que é tanto amor que é grande, não precisa ser provado. E dizem que nem entendido.
Não te escrevo porque se escreve nesse mês. Porque os amantes inventam palavras bonitas, coloridas de rosas vermelhas, e as espalham nos céus, misturando-as com o invisível do ar que os pulmões apaixonados vão sugando.
Escrevo-te para sair do anonimato. Para ver se o mundo percebe que tenho uma alma onde minha alma vive ancorada. Sopram ventos, e o meu barco mesmo de velas esticadas não vai a lado algum.
Escrevo-te porque decidi ir te escrevendo. De hoje em diante deixar a beleza dessa vida que vamos sonhando, fecundar o papel e voar com as andorinhas para mundos maiores que o nosso.
Escrevo-te porque no amor que te sinto, não sobra espaço para medo de revelar teu amor. Quero deixar que as nuvens se juntem ao meu redor e a chuva caia como quiser. E há-de ser que os nossos corações sairãp molhados .

Nelson Livingston

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

DEIXA-ME SER TEU PAI


Olhar no fundo
Dos teus olhos inocentes
Sugar essa minha minha beleza
Estampada no teu rostinho fofo
Deixa-me aprender

Deixa-me ouvir-te pela noite
Cantar ou chorar com as estrelas
Só nós dois acordados
Falarmos dos segredos da vida
Deixa-me experimentar

Deixa-me entender-te os gestos
Mãos levantadas
Pés pontapeando os céus
Dedinho na bocas
Deixa-te tirar as dúvidas

Tal como nunca foste filho
Nunca fui pai, tu sabes
Deixa-me aprender consigo
A ser o pai que mereces

Nelson Livingston