sexta-feira, 18 de abril de 2008
Duvidas amorosas
Esta manha me perguntei Dadinha
Se alguma vez te amei
Como o sol ama a madrugada
O vento se gruda na tempestade
Tem coisas que meu cérebro de menino
Vivendo numa alma de velho feito
Nega entender
E esse mistério de coração apaixonado
Passa bem pro cima dos meus cabelos brancos
Longe do meu entender humano
Me perguntei Dadinha
Porque hoje vivo longe dos teus olhos
Longe da força que amava
E me pergunto
Se alguma vez te amei
Como o sol ama a madrugada
O vento se gruda na tempestade
Mas o amor não tem que ser só como do sol
Como o vento se gruda na tempestade.
Eu posso te amar de forma diferente
Amar-te como o mar ama o sal por exemplo
Amar-te de trás para frente
Contrariando o curso da vida
Perguntei-me nesse silêncio que criei
O que me impede a amar-te com os meninos da minha idade
Amam suas amada
Amar para longe para um futuro
Amar de palavras e feito
Com filhos e netos
Me perguntei porque tenho medo de te amar
Sem coração sem alma
Sem referência alguma
Amar-te assim como as palavras escorregam
Dos meus dedos controladores.
Nelson Livingston
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