terça-feira, 22 de julho de 2008

SUPLICAS A CRISTINA: memorias soltas de Chitengo

Não me olha assim não Cristina
Pelo menos não com esses olhos
De Beleza cristalina
Que tal espada de gume duplo
Me despe em sentido duplo

No olhar mora a verdade Cristina
A plenitude dos sentimentos escondidos
As vozes que tentamos abafar
No olhar moramos nós
No sentido mais completo do ser Cristina

E como se o olhar não bastasse
Não me despisse o suficiente
Como se sobrasse alguma nudez por descobrir
Você sorri para mim Me revelando
A vulnerabilidade já conhecida Cristina

E nesse sorriso ambíguo
Feito de mistérios e revelações
Me sinto humano
Pequenos demais para te falar
Mesmo usando a mais pura poesia

Por isso te peço Cristina
Te peço encarecidamente
Não me olha assim não

Nelson Livingston

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