terça-feira, 25 de novembro de 2008

SE TE PODESSE ESQUECER CRISTINA


Cristina, esse silêncio que inventei, não conseguiu calar a tua existência imaginada.
Se foras real bastava disfazer a tua realidade, mas no meu eterno pensamento, nessa existência sublime, fico sem alternativa.
O inverno me prometeu levar-te com ele mas vejo que foi só por pena.
Pena das lágrimas que o rio levava a cada manhã que eu me prostrava nas suas margens.
Chegou o verão e me prometeu companhia que fosse completa demais.
Companhia que levasse para longe, as saudades do meu desejo.
Agora percebo Cristina, que estou condenado a não te esquecer, pior do que isso, nem sei se alguma vez quis esquecer-te. Quando olho para ti nas ruas do meu pensamento, nesse passo lento e provocador, me pergunto que mal devo ter feito, que divindade ofendido para que essa praga me caísse no caminho. Me pergunto que penitência me redimiria.
As nuvens me enganam e sei que nem fazem por mal. Ignoram a dor de esperar a chuva sem ter cavado a terra. Sou um camponês sem campo, um pescador em ondas razas.
As promessas que te fiz, deixaram de ter algum valor epode ser que me chamem de homem sem palavra, mas que conhece a minha dor. Essa eternidade no berço da madrugada?
Queres que eu desista Cristina? Olho para as mafureiras já grávidas, prontas a me parir sorriso qualquer e queres que eu te esqueça?
Vamos ver se consigo? Vamos ver se quero isso.

Nelson Livingston

2 comentários:

micas disse...

YES, YOU CAN!

Não esqueças: O hoje é o dia de ontem que tanto temias amanhã....

Mas.....sempre te digo: que menina teimosa essa Cristina.Arre!

Nelson disse...

Os dias e suas histórias...