terça-feira, 11 de março de 2008

Ao Elogio da Fátima



Fatucha me nega às palavras
Acha que são grandes demais para minha alma simples
Alma que Fatucha nem conhece
Mas julga conhecer de algum jeito

Fatucha me vê pequeno ao tamanho dos grandes
E nem me vê
Na sombra dos grande onde me procura
Onde ela me enxerga
Eu nunca estive lá

E me procura e me procura
E me nega e me nega
Fatucha tens sorte já te disse
Carrego nas entranhas uma alma forte
Robusta como o embondeiro
Sabes como é o limoeiro
Não é azedo mesmo parindo limão

A alma que carrego
É espaçosa como Zambeze
Se enche, cresce e faz estragos quando quer
Mas também rega, dá banho e peixe
É alma crescida que vento não abana
Alma veloz que vento não apanha

Essa é tua sorte Fatucha
Se me almasse um riacho
Coisinha que molha e seca como ondas do mar
Ai que me sentiria ultrajado já te disse
Ultrajado que me negasses às palavras
Que as achasses grandes demais
Para demais para minha alma simples
Alma que nem conheces
Mas julga conhecer de algum jeito

Nelson livingston

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