terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ào Paló, um amigo distante

Paló, meu amigo
Teu silêncio me atormenta
Fico olhando para a lua
Esperando que ela me diga
Onde foi que você se escondeu
Enquanto as estrelas me zombam
Mas eu sei que um dia você volta
Se solta dessa vida que te aperta
E você volta

Vai ser preciso trazer um regador
É que as flores do jardim da nossa amidade
Poderão ter murchado
E se chegarem a morrer
Os deuses da amizade
Não nos perdoarão

Vou deixar-te um abraço
Nele esfreguei a fragrância da saudade
A dor de não te ouvir 
Deixei gravado o desejo de ter tuas noticias

Abraço mergulhado
Nas águas do Índico
Que com certeza se misturam algures
Com o teu Pacífico

Nelson Livingston(Renatus)

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