No dia em que me encontrei,
tu vinhas lá do fundo da alegria,
só com o olhar.
Trazias nas mãos a fantasia
e esse teu corpo, onde vestias
todas as máscaras do tempo.
Sabias desatar os nós das gargalhadas.
Percorrias as ruas da minha vida,
espalhando palavras simples, puras,
mas sempre desatadas.
Á boca da cena dos dias encantavas multidões.
E eu eterna miúda ouvia.
E ficava com a alma toda presa de emoções.
Conheci as palavras do silencio,
caladas no momento derradeiro,
em que tudo é nada e nada é tudo.
E esse instante ficava pleno e profundo.
Depois, não sei se as ruas se encheram de silencio,
lembro-me apenas, que tu levaste as palavras para casa
e eu nunca mais as encontrei.
Sempre te conheci nas minhas memórias,
sem papel, nos bastidores de ti.
Há sempre um dia para regressar.
E hoje tu voltaste com um livro de poemas
que foste semeando no silencio dos sonhos,
encenado nas horas de solidão,
procurando nos lugares a ressonância da alma dos dias,
das pessoas e da nossa memória!
Neja
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