domingo, 26 de outubro de 2008

O DESPERTAR


Hoje acordei
Como dum sono profundo
Deixei o vento me sacadir a poeira
Me naufragar na esperança da madrugada
Deixei os ouvidos
Se livrarem dos ruidos
E escutarem a voz muda
Do coração que ainda trago no peito

Hoje acordei
Esfreguei os olhos da alma
Enlagrimados pelos silêncio que me adormecia
E desejei enxergar o horizonte
Que se esconde
Na esperança da madrugada

Hoje acordei
Cantei para mim para mim
Como fazem as aves que me acordaram
E mesmo que em voz diferente
Senti o mesmo sabor
A mesma alegria de viver

Hoje acordei
Um passo de cada vez
Sinto que a caminhada vai recomeçar
Depois de uma longa paragem

Nelson Livingston

2 comentários:

micas disse...

Que o vento sempre sopre as poeiras da tua vida.

Que linda a imagem de esfregar os olhos da alma.

Lindo.

LINDO mesmo!

Nelson disse...

Obrigado pela forca. Farei oque poder para manter essa poeira bem longe da alma