Da sua existência ainda imaginária
Ganho coragem de juntar palavras
Como quem juntas sentimentos no coração
E esvaziar a alma confusa
Que me acompanha
Sem o brilho dos teus olhos por perto
A mão não treme
E o coração não teme
Em dedicar-te esses soluços
Essa disfarçada vontade de te conhecer
Ou de te trazer à realidade
E se achas que existes
Que já te conheço
Eu preciso é dissecar-te a existência
Desvendar os segredos todos
Até os que se escondem no futuro
Que em vão procuro fugir
Preciso que a noite envelheça
Que a mudrugada chegue
E em vez de palavras
Sejam gestos te falando
Minha própria existência te falando
Preciso!
Nelson Livingston (Renatus)