sábado, 30 de agosto de 2008

Eu sou um contraste


Olha Cristina
Eu sou um contraste
Já percebeste
Sabes como é
Grande e pequeno
Na mesma existência
Sóbrio e ébrio
Na mesma consciência

Alegre e triste
Triste e alegre
Dizem que a vida tem que ser assim mesmo Cristina
Noite e dia
Canto e pranto

Eu existo e não existo
Quero e não quero
Haverá contraste maior Cristina?

Nelson Livingston

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Promessa Para Cristina

Olha Cristina,
Um dia desses ainda te escrevo uma carta de amor
Essas que vem cheias de palavras bonitas e deixam o coraçã da gente todo derretido
Mesmo que o autor esteja mentindo, no bom amante que diz ser e ou no tanto amor que diz ter. Dizem que nem precisa ser amante de verdade para poder escrevé-las, basta ter uma alma leve como dizes ser a minha. Basta amar as palavras e saber contá-las os segredos do coração e fazé-las ecoar a voz que anda escondida na gente.
A minha será curta. Sei que me faltarão palavras. Vivo a gasta-las no tanto que escrevo e tenho quase certeza que na hora da verdade pouco sobrará para dizer.
Uma carta de amor! Já imaginaste Cristina. Eu tentando descrever essa tua beleza? Isso mesmo Cristina. Carta de amor não podem não ter um cestinho de adjetivos bonitinhos com os quais o amante procura descrever a amada. Alguns são ate ridículos. Não tem nada de belo de amoroso mas sabes como fica louco o coração dos que amam. Louco que acabam dizendo loucuras.
Vou-te comparar aos crocodilos, leoas, gazelas...
Teus olhos serão assemelhados a algum bichinho do mato. Posso até encontrar nas árvores algo com que te relacionar Cristina. Olhar para a frescura da mafureira por exemplo vai ser igualzinho ao conforto do teu ombro. A brancura dos teus dentes vão ser com a areia das margens do Púngue. Esta vendo só Cristina? Uma carta carta cheia de maluquices.
Não sei se vais gostar mas te prometo Cristina, um dia eu te escrevo uma carta de amor
Até lá, um abraço